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Capítulo 8
Acordei o Mikado com um leve beijo em seus
lábios e com um doce “Bom dia”.
- Hm...? - Omitiu ele. - Ah, bom dia. - E
sentou-se na cama.
- Dormiu bem? - Perguntei.
- Melhor impossível. - Respondeu.
- Se troca que hoje eu vou te ensinar a
jogar basquete.
- Que? - Perguntou ele, confuso. - Como
assim?
- Ué, aquele dia, quando a gente se
conheceu, eu perguntei se você queria jogar, e você disse que não. Logo, presumi
que você não sabia.
- Você é bom de adivinha, não sei mesmo.
- Então, vai. Se troca e vem tomar café,
já está tudo na mesa.
Depois disso, saí do quarto e fui até a
sala de jantar para terminar de colocar as coisas na mesa. Uns cinco minutos
depois, ele aparece de bermuda azul, tênis branco e uma blusa cinza. Nos sentamos
na mesa e começamos a comer. Nenhum de nós puxou assunto por um bom tempo. Até
que ele me perguntou:
- Por que você quer me ensinar a jogar
basquete?
- Bem, é que eu quero que você jogue
contra mim ou jogue comigo em alguma nacional de basquete.
- Você joga em nacionais?! - Perguntou
ele, surpreso.
Afirmei com a cabeça e um riso. Terminamos
de comer e levamos a louça para a pia.
- Quer que eu lave? - Perguntou Mikado.
- Não precisa. Depois, a Bel lava. -
Respondi.
- Quem é Bel?
- A minha cozinheira.
- Eu nunca a vi.
- É que ela vem de dias de semana, e você
costuma chegar depois que ela já se foi.
- Aah.
Fomos até o elevador e o guiei até a
quadra que o condômino tinha.
- É enorme... - Comentou Mika.
- Surpreso?
- Sim... Quão rico você é?!
- Am... Digamos que meus pais tem uma
empresa bem grande...
- E você ganha dinheiro deles?!
- Também. Eu também ganho dinheiro por
causa do basquete. Aliás, você já viu algum jogo de basquete?
- Não, por que? - Perguntou, enquanto eu
pegava um bola jogada pela quadra, logo jogando em sua direção e ele tentando
se proteger, colocando os braços frente a seu corpo.
- E nunca chegou perto de uma bola também.
- Comentei, baixinho. - Porque - comecei a responder - eu já apareci várias
vezes na televisão como um dos melhores jogadores de Tóquio... Mas enfim, bora
jogar?
- A-Ah, claro.
Ele se abaixou para pegar a bola e
perguntou o que ele tinha que fazer. Falei para ele passar para mim, quicando a
bola. O jeito que ele passou até que foi bom, mas errou a direção.
- Olha, - disse - um jeito de você passar
a bola quicando, é assim: você pega a bola com as mão viradas para dentro - e
mostrei como - então você joga a bola na direção do chão, na frente da pessoa
que você quer jogar.
Passei a bola para ele e disse:
- Agora faz você.
Ele jogou a bola do jeito que lhe ensinei.
- É, até que você pega o jeito bem rápido.
- O-Obrigado. - Percebi que ele estava
nervoso.
- Por que está nervoso?
- Que? - Ele me olhou um pouco. - Ah, é
porque eu nunca imaginei que eu jogaria com alguém famoso.
- Mas, para você, eu não sou alguém famoso.
- Disse, me aproximando. - Sou seu namorado. - e lhe dei um selinho. Ele ficou
vermelho instantaneamente.
- Tá. - Falei. - Agora você vai arremessar
na cesta, aí depois eu te ajudo.
- Ok.
Ele jogou a bola ao invés de arremessar,
e, obviamente, errou a cesta.
- Ai meu Deus. - Disse. - Eu não vi isso.
Mikado ficou corado, aliás, mais que
corado, ficou quase que uma pimenta malagueta.
- Muito errado? - Perguntou ele.
- Sim, muito errado. - Respondi. - Mas vem
cá, que eu te ajudo. Calma, eu vou aí.
Fui pegar a bola e levei até ele.
Entreguei-o a bola e fui por trás dele e peguei nas suas mãos.
- Assim ó. - Disse. - você joga com as
duas mãos, não com uma só. Aí você arremessa,
não joga.
E arremessei a bola com suas mãos. Nossos
corpos ficaram colados, e logo dei um beijo em seu pescoço. Mikado deu um pulo
e disse:
- Teito! E se alguém pegar a gente?!
- Será até melhor. - Respondi. - Assim
esse alguém sabe a quem você pertence. - Disse, pegando-o pela cintura e o
beijando.
Ele não abria a boca, até que decidi
lamber o seu lábio, meio que pedindo passagem para a minha língua. Acho que aí
ele entendeu o recado, e abriu a boca. Ficamos nos beijando, até que Mikado diz
entre ofegos:
- Teito. - E separa-se da minha boca,
procurando um pouco de ar.
- Me desculpe.
- T-Tudo bem, vamos continuar?
- Cla... - Antes que terminasse de
responder, senti um pingo em minha cabeça. - Ah não, tá chovendo.
- Que droga.
- Vamos para um café aqui perto, então? -
Ofereci.
- Pode ser.
Ouvimos o barulho de um trovão e Mika
disse:
- E é melhor agora, né?
- Sim sim.
Fomos até um café que tinha perto do condomínio
e logo que entramos um garotinho veio até mim.
- Ei, você é Ishikawa Teito?
- Sou eu sim. - Respondi, enquanto Mikado
só observava.
- Ai que legal! Me dá um autógrafo? Eu sou
seu grande fã, comecei a jogar basquete por sua causa.
- Ora ora, me sinto honrado. - Digo, enquanto dou uma risada e escrevo
minha assinatura em um papel para ele.
- O-Obrigado!
O garoto se afasta, com um sorriso largo
no rosto, e eu eu Mikado nos sentamos em uma mesa, esperando que alguém nos atendesse.
Apareceu uma garçonete, então nós fizemos os pedidos. Eu pedi cappuccino sem
açúcar e Mikado pediu um chocolate quente. A garçonete anotou os pedidos e
então saiu.
- Faz quanto tempo que você tá jogando
basquete? - Perguntou Mikado.
- Desde que eu tinha 10 anos. Eu sempre
gostei.
- Entendi.
Os pedidos chegaram e bebemos o que
pedimos. Estava realmente muito bom ficar com o Mikado lá. Esperamos a chuva
diminuir um pouco, porque estávamos a pé. Assim que ela diminui, pagamos a
conta e fomos para o meu apartamento. Chegando lá, nos sentamos no sofá e eu
liguei a TV num programa qualquer. Começamos a conversar sobre basquete e
outras coisas até que eu não consegui mais me segurar e parti para cima, deitei
ele no sofá e comecei a beijá-lo. Foi um beijo longo. Mas, para estragar tudo,
a campainha toca.
- Eu vou lá atender. - Disse, entre os
beijos ainda.
- Não... - Disse Mikado.
A campainha tocou de novo.
- Mika... - Falei, me separando um pouco
dele. - Eu tenho que ir atender. E se for algo importante?
- Tá... - Disse ele, como um resmungo. -
Vai lá.
Me levantei e fui atender a porta. Quando
a abri, vi alguém que nunca tinha visto antes.
- Pois não? - Perguntei.
- Oi, eu sou seu vizinho novo e... - Dizia
ele, quando olho para Mikado e gritou: - MIKADO!
- Quem é você? - Perguntou Mika,
assustado, indo para a porta.
- Ah, me desculpe, não me apresentei
ainda.
Eu e Mikado nos olhamos e depois olhamos
para ele.
- Sou Janui Keisuke. Mas podem me chamar
de Jake.
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