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Capítulo 5
Acordei, me despedi de Teito e voltei para
casa. Logo que entrei em casa, percebi que Shinonome não estava não estava mais
no sofá. Fui até o meu quarto e fiquei bem surpreso com o que eu vi. Shinonome
e Aoki deitados nus na minha cama. (NA MINHA CAMA!) Mas enfim, fiquei feliz por
ele ter achado alguém para ele. Dei meia volta e sai do quarto.
Bem, preparei o café da manhã, que eu
costumava preparar para duas pessoas, agora estou preparando para três. Eles acordaram
e Aoki, pelo o que eu percebi, ficou meio que assustado por ter me visto lá.
- Você me disse que morava sozinho aqui. -
Disse ele, para Shinonome.
- Eu menti um pouco sobre isso. - Disse
Shino, rindo forçadamente com a mão na cabeça.
Fiquei só observando.
- Tudo bem, né Mikado? - Perguntou para
mim.
- Claro, contanto que eu não esteja aqui,
tudo bem... - Respondi. - Podem se sentar, já está tudo pronto.
Nós nos sentamos e tomamos café da manhã.
- É... - Comecei. - Shino, você sabe que
dia é hoje? - Claro que estava me referindo ao meu aniversário.
- Am... terça-feira. Ai meu Deus! Hoje tem
prova! A gente vai se atrasar! - Respondeu ele, comendo o mais rápido possível
e ainda saiu correndo até o quarto com o pão na boca...
Aoki se levantou, levou a louça até a
cozinha, se despediu de nós e foi trabalhar. Fui me trocar, estava meio
chateado, ele não lembrou meu aniversário! O meu melhor amigo não lembrou do
meu aniversário! Me senti uma garota naquele dia.
Fomos até a escola, corremos pelos
corredores e entramos na sala, que graças à Deus, o professor não estava lá
ainda. Quando entrei na sala, ninguém, eu disse: ninguém!, me deu parabéns!
Poxa! Será que eu tinha errado minha data de aniversário?
Bem... Fizemos a prova e voltamos para
casa. Não estava difícil, aliás, a prova era de física. Quando cheguei em casa,
a primeira coisa que fiz, foi ir para o meu quarto e me jogar de cara na cama.
E dormi. Acordei com o telefone tocando. Olhei o relógio e vi que eram sete e meia
da noite. Shinonome não estava em casa,e tinha um bilhete em cima de mesa,
dizendo que ele estava indo encontrar o Aoki. Atendi e Teito disse:
- Vem aqui. Tenho uma coisa pra você.
- O que? - Perguntei.
- Sua carteira. Você adora esquecer suas
coisas aqui. - Disse ele, sarcástico. NEM ELE LEMBROU! - Mas tem que ser agora,
que daqui a pouco eu vou prum jogo.
- Tá... - Disse desanimado. - Estou indo.
Fiz o mesmo percurso que sempre faço para
ir para a casa do Teito. Parque, esquina e portaria. Sim, nós moramos perto.
Toquei a campainha, mas ninguém atendeu.
- Teito? - Chamei por ele.
Nada. Decidi abrir a porta, e ela estava
aberta. Achei estranho, talvez ele estivesse no banheiro. Estava tudo escuro.
- Teito? - Perguntei novamente.
Acendi a luz e... BAM!
- Surpresa! - Gritaram um monte de
pessoas, na qual estavam meus pais, o pessoal do colégio, o Teito, o Shinonome,
o Aoki e os pais do Shinonome.
Obviamente fiquei bem surpreso
- Mãe, pai! - Disse aos meus pais.
Abracei-os.
- Ah, dezoito anos. Quem diria? - Disse
meu pai.
Foi uma festa normal, como qualquer outra,
só que dessa vez eu podia beber álcool. Meus pais sempre com aquele papo “como
tá a escola? Alguma namorada? Que lindo você tá” Respondi a todas as coisas que
eles perguntavam.
- Mikado! - Teito me chamou.
- Oi? - Respondi.
- Vem cá, preciso falar com você.
- Está bem. Com licença. - Disse aos meus
pais.
Teito me levou até seu quarto e começou:
- Eu sei que devia ter dito isso antes de
fazer qualquer coisa com você, mas eu não sabia como... Então, eu vou falar
agora que estamos sozinhos. Eu... Sinto isso desde a primeira vez que te vi,
mas... Eu... Te amo. Sei que é estranho essa coisa de amor à primeira vista,
mas...
- Não é estranho. - Interrompi. - Eu
também me senti assim.
- Sentiu?
- Senti, eu também te amo. - Disse.
- Mi-Mikado... - Ele ficou vermelho (muito
fofo, aliás).
Senti ele me empurrando contra a parede,
pegando no meu queixo e me beijando loucamente. Obviamente eu respondi ao beijo.
- Teito. - Disse, meio ofegante.
Ele continuou me beijando.
- Mikado... - Disse minha mãe que estava
com meu pai, entrando pela porta (SEM BATER). - Nós... AI MEU DEUS! - Gritou
minha mãe ao ver o que estávamos fazendo.
- Mãe, pai! - Disse. - Isso não é o que
vocês estão pensando!
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