terça-feira, 26 de março de 2013

Basuke no Ai

Se tiver algum erro, não me batam, não revisei.

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*Shinonome POV

Eu não podia acreditar que o Teito também estava com o Jake. E o Mikado se culpando. Eu não sabia o que fazer: Se eu interrompia eles ou se eu ficava calado. Decidi fazer o seguinte: Fiz barulho de como se eu estivesse chegando na sala. Funcionou, eles logo se afastaram. Entrei na sala.
- Ai ai... - Disse.
- C-Cadê o Mikado? - Perguntou Teito. Ele parecia muito nervoso.
- Ele foi no banheiro, já deve estar voltando.
- Aham...
- É... Teito. - Chamei.
- Diga. - Ele disse.
- Posso falar com você um minutinho?
- Claro.
Levei Teito até o quarto que estava com o Mikado e tranquei a porta.
- Tá bom! - Comecei, realmente bravo. - Explique-se.
- Explicar o que? - Ele parecia muito nervoso.
- O que você estava fazendo com o Jake, oras!
- Mas eu não estava fazendo nada...
- Aaah não, imagina! Meus olhos não me enganam não, tá bom?!
- O que...
- Não se faça de inocente não! Você sabe como o Mikado ficaria se ele descobrisse?! Muito chateado! E eu aposto que você não quereria isso para ele, não é?!
- Eu... - Ele travou por um tempo.
- Você... - Disse, cruzando os braços.
Ele ficou quieto por um tempo.
- Diga logo! - Gritei.
- Me desculpa! Eu não... Eu... - Ele parecia apavorado.
- Escuta aqui! Eu não quero mais ver você com ele! O Mikado te ama tanto e você faz uma coisa dessas com ele?! NÃO! NÃO PODE!
- Eu não tive a intenção! Eu...
- Não teve a intenção? - Cortei ele. - Você estava tão vidrado nele que parecia ter esquecido o MIKADO! LEMBRA DELE?! O SEU NAMORADO?
- Mas... É CLARO QUE EU ME LEMBRO DELE! Como não lembraria?
- Aah não sei... Talvez porque você estivesse envolvido nos braços DELE! DO JAKE! Aquele salafrário!
- Shino, me escuta! Eu não tive culpa! Ele que me puxou!
- E você gostou? - Perguntei, mudando o tom de voz para que ele confessasse.
E funcionou.
- Ah, eu gostei um pouco. - Ele respondeu.
- EU SABIA! - Levantei a mão e dei um tapa extremamente forte no rosto de Teito. - VOCÊ NÃO TEM VERGONHA?
- AI! ME DESCULPA! EU NÃO TENHO CULPA! ELE QUE ME SEDUZIU!
- Eu vou falar isso para o Mikado AGORA!
- Não! - Disse ele, com a mão no rosto, no lugar onde eu tinha batido. - Por favor. - Ele se ajoelhou na minha frente. - O Mikado é muito importante para mim. Eu não sei porque, mas eu tenho esses devaneios! E eu me arrependo! Eu amo muito ele, muito mesmo. - Percebi que Teito estava quase chorando. - Por favor, acredite em mim! Eu amo o Mikado mais que qualquer um no mundo! Mas às vezes quando estou com Jake, eu perco a cabeça, eu me deixo levar. Mas não significa que eu não amo o Mikado. Por favor, eu te imploro, não diga nada a ele. Eu não quero perdê-lo. Ele é o primeiro namorado que eu tenho, eu não quero estragar isso.
- Primeiro? - Perguntei, arrependido do tapa que eu tinha dado.
- Primeiro. - Respondeu.
- Vamos, levante-se. - Disse, puxando-o pelo braço. Eu já estava mais calmo.
Aquilo também estava acontecendo com o Mikado, então eu não sei porque eu tinha perdido a cabeça daquele jeito. Talvez fosse porque o Mika era tipo um filho, então... Ah, sei lá. Só sei que depois que Teito disse aquilo, eu realmente me senti comovido.
- Eu... Não vou contar para ele. - Eu disse.
- Não? - Perguntou, enxugando as lágrimas.
- Não...
- Ah, obrigado! - Ele me abraçou tão forte, que parecia que eu ia perder o ar.
- T-Tudo bem... - Disse, tentando me separar dele. - E... Me desculpe...
- Pelo o que?
- Pelo tapa na sua cara. - Virei o rosto dele e vi que tinha a marca de quatro dedos no rosto dele. - Ai meu Deus... Quando o Mika vir isso, ele vai perguntar o que aconteceu e não vamos saber responder.
- Relaxa, eu tenho a resposta perfeita.
Saímos do quarto e encontramos os dois conversando na sala. Assim que entramos, Mikado e Jake pararam de conversar e, pelo o que eu percebi, Mika logo notou o machucado no Teito.
- Ai meu Deus! Teito! O que aconteceu?! - Perguntou ele, muito preocupado.
- Eu estava conversando com o Shino e pousou um bicho no meu rosto, só que ao invés dele e avisar, ele disse “Não se mexe.” E deu um tapa na minha cara.
- OMMA!
- Foi mal, mas o bicho era grande. - Ajudei Teito com a desculpa.
- Tá tudo bem? - Perguntou Mikado. - Vocês estão agindo meio estranho...
- Estranho? - Perguntei, tentando controlar minha voz. Eu odiava mentir para o Mikado... - Não acho que estamos agindo estranho...
- Aham...
Ficamos em silêncio um pouco até que eu disse:
- Bem... Eu tenho que ir, que eu disse que ia encontrar o Aoki depois. Bem... Vou indo, bye bye.
- Tchau. - Disseram eles.
Saí da casa de Mikado eu fui direto para o trabalho do Aoki. Ele não era mais entregador, era garçom. Fui até o restaurante que ele trabalhava. Chegando lá, entrei no local e olhei um pouco para ver se encontrava ele. Um garçom chegou para mim:
- Mesas para quantos?
- Ah! Não, não... Eu... Estou procurando uma pessoa que trabalha aqui. É o Aoki, pode me dizer onde ele está?
- Irei chamá-lo. - Disse num tom de arrogância.
Depois de uns cinco minutos, Aoki apareceu perguntando:
- O que foi para você vir no maio do meu trabalho?
- É urgente. Eu preciso falar com você.
- Claro. - Disse ele, me puxando pelo restaurante, me levando para a porta dos funda, na qual nós saímos. - O que aconteceu.
- Você tem que prometer que não vai contar isso para ninguém.
- Prometo.
- Lembra daquele Jake que eu comentei com você?
- Sim.
- Então. O Mikado tá traindo o Teito com ele.
- Não acredi...
- E o Teito tá traindo o Mikado com ele.
- Como assim?
- Assim! Os dois estão traindo os dois com o mesmo cara! Mas mesmo com essa traição, eles continuam se amando, por mais que seja estranho. - Dei um longo suspiro e disse: - Ufa... Tirei esse peso das costas. Eu precisava contar isso para você.
- Entendi. E você tá ajudando eles?
- Só o Mikado, no Teito eu dei um tapa na cara mesmo.
- Hm, entendi. E em nós, não pensa mais? - Ele pegou em minha cintura.
- Claro que penso, baka. - Coloquei meus braços em volta do pescoço dele.
- Hmm. - Levantei meu rosto na direção do dele e nos aproximamos mais ainda.
- Shino... Você não me trairia, né? - Ele perguntou.
- Claro que não, baka.
Nos aproximamos mais ainda e começamos a nos beijar. Não deu dez segundos, o chefe dele aparece e grita:
-AOKI! LOCAL DE TRABALHO NÃO É LOCAL DE BEIJAR.
Levei um susto com ele e gritei:
-KYAAAAAAAAAA!

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